Força-Tarefa Interinstitucional de Combate às Queimadas e Incêndios Florestais e seus desdobramentos
Resumo
Criada em 2024, a Força-Tarefa Interinstitucional de Combate às Queimadas e Incêndios Florestais consolidou-se como estratégia central do GAEMA/MPRO diante do avanço dos focos de calor e da recorrência de eventos extremos em Rondônia. A iniciativa articula, de forma contínua, órgãos de controle ambiental e segurança pública, como Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Batalhão de Polícia Ambiental, Defesa Civil, SEDAM, IBAMA, ICMBio e Ministério Público Federal.
Com atuação voltada ao monitoramento, fiscalização, repressão e prevenção de ilícitos ambientais associados ao uso do fogo, a força-tarefa estruturou respostas coordenadas durante os períodos críticos de estiagem. Um de seus principais desdobramentos foi a Operação Temporã (2024), que, com base em dados geoespaciais e inteligência ambiental, vistoriou propriedades rurais e áreas públicas, aplicando sanções administrativas e conduzindo ações educativas em comunidades locais.
Em 2025, o MPRO e o MPF promoveram audiência pública interinstitucional para fortalecer a articulação entre os órgãos e institucionalizar estratégias permanentes. Desde então, o GAEMA passou a coordenar reuniões interinstitucionais mensais com foco no monitoramento de indicadores ambientais, avaliação dos resultados e planejamento conjunto de ações.
Implicação Climática
A força-tarefa incide diretamente sobre os principais vetores das emissões de gases de efeito estufa em Rondônia — o desmatamento e as queimadas — que, segundo o SEEG (2022), responderam por 75% das emissões totais do estado. Ao integrar ações de repressão, prevenção e governança, a iniciativa contribui para conter a degradação ambiental, preservar estoques de carbono e fortalecer a resiliência climática do território.

