Operação Mata Atlântica em Pé
Resumo
Idealizada originalmente pelo Ministério Público do Paraná, a Operação Mata Atlântica em Pé foi incorporada à atuação do MPPI como resposta institucional à degradação ambiental dos remanescentes de Mata Atlântica localizados na capital e seu entorno, extremo sul e porção norte-litorânea do estado, especialmente nos municípios de Luís Correia, Cajueiro da Praia, Parnaíba e adjacências.
Embora representem uma faixa territorial relativamente restrita, essas áreas possuem elevado valor ecológico por estarem situadas em zonas de transição entre os biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, funcionando como refúgios de biodiversidade, corredores ecológicos e zonas de recarga hídrica. O avanço da especulação imobiliária, da ocupação desordenada e da expansão da fronteira agrícola tem colocado essas áreas sob forte pressão, resultando em supressões vegetais irregulares, parcelamentos ilegais do solo urbano e degradação de Áreas de Preservação Permanente (APPs).
No contexto da operação, o MPPI atua em articulação com órgãos como a SEMARH, IBAMA, Batalhão da Polícia Militar Ambiental, prefeituras e instituições federais, promovendo vistorias técnicas, levantamento de dados via satélite, identificação de áreas desmatadas, lavratura de autos de infração e, sobretudo, a responsabilização dos infratores nas esferas administrativa, cível e, quando cabível, criminal. Paralelamente, têm sido firmados termos de ajustamento de conduta com cláusulas específicas voltadas à recomposição florestal e à reparação do dano ambiental.
Implicação Climática
Mais do que um esforço de fiscalização, a Operação Mata Atlântica em Pé reforça a presença ativa do Ministério Público em regiões ambientalmente sensíveis do estado, consolidando sua imagem como instituição que alia controle de legalidade, defesa do patrimônio natural e promoção de uma ordem urbana e rural compatível com os princípios do desenvolvimento sustentável.

