
Salvando o boto-rosa da Amazônia – A moratória da pesca da piracatinga para preservação do boto-vermelho
Resumo
O projeto Salvando o boto-rosa da Amazônia, conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, teve como objetivo central combater o abate ilegal do boto-vermelho, uma espécie ameaçada de extinção que estava sendo utilizada como isca para a pesca da piracatinga. A iniciativa partiu de um inquérito civil que, além de constatar a prática criminosa, correlacionou-a com uma queda drástica na população de botos, animal que está no topo da cadeia alimentar da região, tornando urgente uma medida de proteção.
Para alcançar seu objetivo, o trabalho do MPF se concentrou em uma ação estratégica em 2013: a expedição de uma Recomendação formal ao Ministério da Pesca e ao Ministério do Meio Ambiente. Como informação essencial, a recomendação determinava que os ministérios realizassem, em um prazo de 120 dias, os estudos técnicos necessários para regulamentar de forma estrita a pesca da piracatinga. O resultado esperado era a criação de normas que controlassem a atividade, incluindo a avaliação da necessidade de se estabelecer uma moratória (suspensão temporária) da pesca, como medida emergencial para cessar a matança dos botos e garantir sua preservação.
Implicação Climática
As implicações climáticas do projeto “Salvando o boto-rosa da Amazônia” estão relacionadas à preservação da integridade dos ecossistemas aquáticos amazônicos, já que o boto-rosa é uma espécie-chave no equilíbrio da cadeia alimentar. A proteção desses animais ajuda a manter a saúde dos rios, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos associados, como a regulação de habitats e a produtividade aquática, que influenciam indiretamente a captura de carbono e a resiliência dos ecossistemas frente às mudanças climáticas.
